segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Moradores comemoram valorização de imóveis nos últimos anos

Quem comprou um apartamento nos últimos quatro anos viu o valor de venda dobrar

Comprar barato e vender mais caro se tornou uma realidade para alguns paulistanos que investiram em imóveis nos últimos anos. A valorização das unidades nesse período transformou muitas casas e apartamentos em verdadeiros bilhetes premiados nas mãos dos proprietários.

É o caso da assistente administrativa Carolina Andrade, 27 anos, que em 2010 comprou um apartamento de 65 m², no Parque Novo Mundo (Zona Norte), por R$ 190 mil.

"Conversando com um corretor que fica no prédio tive a informação que o apartamento vale hoje R$ 350 mil", comemora Andrade, que mesmo com a valorização diz não ter interesse em vender o imóvel.

Já para o analista de tecnologia da informação Fernando Trevelin, 33, tudo convergiu para que o apartamento de R$ 147 mil no bairro do Ipiranga (Zona Sul), a 500 metros do Parque da Independência, passasse a valer R$ 450 mil em quatro anos.

"A infraestrutura da região ajudou a valorizar, mas com certeza o fato de a prefeitura não permitir mais aconstrução de prédios no entorno do parque contribuiu ainda mais. O meu foi um dos últimos a ser construído", diz Trevelin, que afirma já ter sido procurado por um corretor interessado em comprar para revender, mas não aceitou a proposta.

Mesmo áreas do centro expandido com infraestrutura deficiente estão se valorizando pela proximidade com a área central e pela facilidade de acesso a linhas de metrô e vias expressas. Foi o que aconteceu com o apartamento da analista de trânsito Celeste Aurora dos Santos, 43. O imóvel, que custou R$ 80 mil, fica perto da estação Bresser do Metrô, em uma parte bastante degradada do bairro da Mooca (Zona Leste), mas mesmo assim dobrou de preço em quatro anos.

"A região ainda é abandonada em relação à infraestrutura e cercada por fábricas, mas mesmo assim já consigo vender meu apartamento por mais que o dobro. Foi um investimento muito rentável", diz Santos.

Sorte não, conhecimento

Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, é preciso cuidado na hora de investir em imóveis, já que para realmente conseguir o retorno esperado com o investimento é necessário ter um conhecimento amplo de mercado.

"As pessoas que hoje têm seus imóveis valorizados não fizeram um investimento pensando no retorno, mas sim em ter um lugar próprio para morar. Comprar barato para vender caro é coisa de profissional, que enxerga o mercado de dentro para fora", alerta Viana Neto.

Ele salienta que o cenário do mercado imobiliário permite afirmar que nenhum imóvel comprado agora sofrerá desvalorização, já que o aumento dos preços vem como um efeito em cadeia entre os bairros.

"Hoje, os bairros periféricos oferecem boas oportunidades de valorização, já que estão recebendo investimentos viários e de infraestrutura que aumentam os preços dos imóveis. Se o bairro da periferia se valoriza, acontece o mesmo com os demais, independente de terem recebido melhorias ou não", diz Neto.

Quem teve a sorte de comprar um imóvel que se valorizou muito nos últimos anos tem que tomar cuidado na hora de se desfazer dele.

"Se a pessoa vender o imóvel valorizado provavelmente não conseguirá comprar outro semelhante com o dinheiro da venda. Todos os preços sobem juntos, fazendo com que a valorização fique apenas nos números e não na prática", finaliza Neto.

Fonte: Invertia.Terra 

Corretor de imóvel se especializa e inova!


Depois de muito bater perna, você finalmente consegue comprar o imóvel dos sonhos. Nessa maratona, não percebeu que nos fundos do prédio há uma escola e, com ela, o barulho das crianças. Não reparou na clínica veterinária, fonte de latidos e uivos. Pior: não foi informado de que ali há uma feira livre, e agora tem de acordar antes das 6h para conseguir tirar o carro da garagem.
O corretor que intermediou o negócio e não o alertou sobre essas questões pode sofrer um processo de indenização por perdas e danos. A omissão desse tipo de informação configura afronta ao código de ética da categoria.
"Ele não pode alegar que não sabia, pois tem de se inteirar de todos os detalhes do negócio, desde ventilação, luminosidade, localização, até a vizinhança", diz José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis).
Apesar do aumento no número de corretores --são 124 mil em São Paulo, 10 mil a mais por ano desde 2007--, as queixas têm diminuído devido à qualificação profissional, segundo Viana Neto.
O mercado cresceu, atraiu gente de outras áreas e se renovou. Marcelo Barreto, 29, é "house hunter", um tipo de corretor particular que trabalha a partir de demandas específicas do cliente. "Quem busca um imóvel hoje tem muita informação e exige mais do corretor", diz.
Carolina Daffara/Editoria de Arte

* Fonte: Folha de São Paulo

domingo, 28 de outubro de 2012

Identificando o perfil do cliente no primeiro contato


Empatia, segundo o dicionário informal significa capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa, imaginando-se nas mesmas circunstâncias. Em Marketing: Para compreender melhor o cliente e saber os seus desejos, é necessário ter empatia. O corretor de imóveis deve compreender as necessidades do cliente, bem como suas expectativas e anseios quanto à compra de um imóvel, enfim, deve saber identificar o perfil do seu futuro comprador. A empatia é uma habilidade essencial para esses profissionais.

Traçar o perfil do cliente exige tempo, paciência e atenção. O corretor de imóveis necessita extrair do cliente seu histórico: se possuiu família, quantos filhos? Possui animais de estimação? Qual a forma de pagamento? Á vista? Financiamento? Com qual banco? Já visitou outros imóveis? Quais bairros lhe agradam? Todas essasinformações são necessárias para que o profissional desenvolva a melhor estratégia de abordagem ao cliente nos próximos contatos (melhor horário para marcar as visitas, quais imóveis indicar, qual meio de comunicação utilizar, qual linguagem utilizar para aproximar-se do perfil do cliente).

Vale a pena ressaltar que muitas pessoas poupam anos de seu salário para compra de um imóvel, além de possuírem dúvidas e receios. No primeiro contato é o melhor momento de tranquilizar, conquistar a confiança e transmitir credibilidade, característica essencial para os corretores qualificados que querem se diferenciar no mercado imobiliário. Durante o relacionamento com o cliente, lembre-se que quantidade nem sempre équalidade, nada adianta interrogá-lo com 50 perguntas se somente poucas delas irão lhe auxiliar para identifica-lo e conhecer os detalhes do seu perfil.

A entrevista realizada com sucesso pelo corretor de imóveis, evita que, por exemplo, lá na frente o cliente goste do imóvel e passe uma proposta, mas não possua ainda financiamento aprovado ou necessite de aprovação de terceiros na compra. Entrevista bem feita evita futuros problemas, facilita na busca de imóveis com o perfil do cliente e resulta no aumento das chances de concretizar a venda ou negociação. Além é claro, de fortalecer o relacionamento do corretor com o cliente e quem sabe garantir futuras indicações.

E você? Quais informações considera importantes de levantar com o cliente no primeiro contato? Compartilhe com a gente!

Fonte: Blog Imobex 

8 dicas para o corretor de imóveis obter sucesso no trabalho em parceria

Foco no cliente, trabalho com exclusividade e uso da internet são alguns dos caminhos para obter sucesso com as parcerias no mercado imobiliário.

Durante três semanas, o Redimob publicou uma série de posts sobre a importância das parcerias no mercado imobiliário, desde a área de terrenos, estudo de caso e parcerias no mercado internacional. 

Para encerrar a série: Parcerias e Mercado Imobiliário, os especialistas em mercado de terrenos, Gustavo Feola; o diretor Executivo da Taurus Marketing, Daniel Rosenthal; o diretor da Flórida Realtors, Marco Fonseca; a corretora de imóveis, Geane Brito e o assessor da presidência do Cofeci, Francisco Pesserl, listam as principais dicas para o corretor de imóveis obter excelência no trabalho em parceria. 

1. Formalize captações: É importante formalizar captações e parcerias para garantir seus negócios;

2. Foque no cliente: Seu foco deve ser o seu cliente e não a comissão. Pense em ser o corretor de confiança de cada cliente para sempre ser consultado;

3. Uso da internet e mídias sociais: A internet, que permite o compartilhamento de conteúdo na forma de listagens, imagens e vídeos, é imprescindível para parcerias comerciais internacionais. Segundo a corretora de imóveis Geane Brito, o MLS (Multiple Listing System) é provavelmente a ferramenta imobiliária mais forte do mercado e através do acesso que corretores licenciados na Flórida possuem, é possível focar nas procuras, administrar clientes e produzir comparativos para cada cliente individualmente;

4. Trabalhe com exclusividade: Prática comum em todo o mundo, a exclusividade facilita as parcerias. Todos os corretores do mercado saberão a quem dirigir-se para negociar compra de determinado imóvel se souberem quem está efetivamente;

5. Não tente atender clientes fora de sua área de especialização: A importância da parceria consiste indicar o cliente e deixar que o profissional da área local faça o trabalho devidamente, pois o corretor de imóveis local terá acesso à informação, contatos e experiência que oferecerá bons resultados a todas as partes envolvidas na transação imobiliária.

6. Não perca nenhuma chance de aprendizado: Atualize-se sempre participando de eventos, workshop, palestras ou simplesmente trocando experiências com outros profissionais.

7. Abra a mente: é preciso enxergar que o mercado imobiliário não escapou da globalização. Com a tecnologia, o corretor maximiza ganhos participando de negócios pelo globo;

8. Fortaleça networking: uma boa rede de contatos é fundamental para fomentar negócios.

Fonte: Redação Redimob 

Corretor de imóveis: torne-se o melhor captador


A captação de um imóvel é atualmente um grande desafio para os profissionais do mercado imobiliário. A atividade envolve a procura, a descoberta e a formalização da entrada de novos imóveis no rol de ofertas de uma imobiliária ou de um corretor de imóveis.

Quem já passou pela experiência de fazer um trabalho inverso ao que é comum no seu dia a dia sabe o quanto é importante entender o processo da captação, pois o objetivo do corretor nessa situação não é vender um imóvel para o cliente e sim convencer um proprietário de que é o profissional capacitado para realizar a venda de um determinado empreendimento. Você concorda?

O mercado imobiliário possui particularidades que acabam por exigir maior empenho e dedicação dos profissionais que atuam na área. Diferente de uma loja em que o gerente, ao perceber a falta de uma mercadoria, logo liga para um fornecedor para repor o estoque, no segmento de imóveis não há essa facilidade. O corretor de imóveis não tem a sua disposição uma central de distribuição para a qual ele ligue e tenha prontamente 10 apartamentos de três quartos, por exemplo.

Nosso segmento exige um rico banco de dados, pois se corretor não tem em sua carteira de empreendimentos um imóvel que atenda ao perfil do cliente, ele não tem o que oferecer.

Por esta razão, resolvi refletir hoje sobre algumas dicas de como se tornar o melhor captador. O profissional que quer se destacar no mercado tem que saber transitar entre as diferentes áreas do setor de imóveis. Não basta apenas ser um bom vendedor, também é imprescindível saber captar, pois as chances de melhorar os seus resultados serão potencializadas.

Atuamos em um mercado no qual lidamos a todo instante com pessoas e, diante desse cenário, saber estabelecer boas conexões é primordial. A construção de um bom relacionamento deve ser o primeiro objetivo dos profissionais da captação.

O envolvimento do corretor que visa à captação com o proprietário de um imóvel deve estar baseado em uma relação de confiança, de conhecimento do mercado, de compromisso com a venda da unidade em questão. E isso requer persistência, paciência, dedicação e acima disso gostar do trabalho que se propõe a fazer, pois se o corretor não gostar de atuar nessa área, dificilmente terá o engajamento necessário.

E uma das táticas que sempre usei ao longo da minha carreira para me tornar um melhor captador foi ter no porteiro dos prédios o meu maior parceiro e aliado.

Este profissional muitas vezes conhece as pessoas que por ali circulam, participa da rotina desses proprietários e, normalmente, ouve os comentários de quem deseja vender uma unidade, seja naquele prédio ou em outros espaços.

O porteiro até pode se tornar uma boa estratégia de divulgação para quem quer vender um imóvel, pois ele ocupa um local estratégico no qual se relaciona com muitas pessoas durante o dia. Daí a importância do corretor de imóveis construir um bom relacionamento com este profissional.

Ir até eles, se apresentar, esclarecer quais são suas pretensões são algumas estratégias importantes, pois diante de situações de tanta insegurança é necessário estabelecer uma relação de confiança e até mesmo de cumplicidade com esses porteiros. Pense nisso!

Além disso, outra tática é o mapeamento de regiões estratégicas para o público com o qual me relaciono. Ao levantar esses espaços, é interessante estar mais próximo desses locais a fim de identificar as possibilidades de captação.

Por isso, é estratégico estabelecer conexões com os diferentes perfis do local como o dono do açougue, da farmácia, da padaria, entre outros. Essas pessoas conhecem as dinâmicas dos bairros e as pessoas que ali residem, e assim como os porteiros, acabam sendo fontes de informação sobre quem está querendo vender um imóvel.

Ao se relacionar com esses diferentes atores, o corretor de imóveis acaba por se tornar uma referência em soluções imobiliárias para determinada comunidade, e essa comunidade, por consequência, se torna potencial catalisadora de novos negócios.

É importante perceber que o bom captador deve trabalhar, sobretudo, com a perspectiva da captação para comercialização em exclusividade. Na maioria das vezes, os donos de imóvel têm a impressão de que, ao deixar o seu bem sob a responsabilidade de venda de vários profissionais, as chances de realizar o negócio serão mais ágeis.

Entretanto, os corretores de imóveis diferenciados e profissionais entendem a importância da exclusividade e devem saber passar os diferenciais desse sistema durante o processo de captação. É fundamental lembrar aqui, que os órgãos reguladores da corretagem de imóveis, como os conselhos regionais e o conselho federal, defendem veementemente a venda em exclusividade.

Para isso, é importante ser um eterno estudioso do mercado. O melhor captador é aquele que se antecipa às tendências porque está sempre atento às variáveis do segmento, tem as informações necessárias para sustentar suas argumentações e isso gera maior segurança e credibilidade para o corretor perante o prospect.

Além disso, é fundamental que o corretor de imóveis explicite bem os benefícios em ter a venda do imóvel em exclusividade e nesse processo deve ser destacado o que a imobiliária ou o profissional independente tem de melhor para oferecer, quais são os seus recursos.

Dentre eles, um dos argumentos mais importantes deve ser empenho da equipe em comercializar o mais rápido possível determinado imóvel, pois é isso que as pessoas querem quando optam por vender um bem.

Além disso, é fundamental apresentar um planejamento para a divulgação do imóvel. O seu prospect precisa ter noção de quais ferramentas você dispõe, quais são as vantagens de estar presente nesses espaços, como você pretende trabalhar a divulgação em cada um deles.

Diante das oportunidades geradas pela internet, é interessante explorar no planejamento de divulgação as oportunidades oferecidas por esse meio. Uma das ferramentas que utilizei bastante e que gerava grandes resultados era o tour virtual. Por ele, o comprador tem a chance de conhecer detalhadamente o empreendimento, o que reduz a necessidade de visita física ao local em função de uma melhor visualização.

O tour virtual permite, por exemplo, que o cliente avalie melhor se tem ou não o desejo de adquirir determinado imóvel e só irá conhecer pessoalmente a unidade se realmente houver a chance de efetivar a compra.

Alinhar junto ao proprietário do imóvel em captação os esquemas de controle e acompanhamento do processo de vendas, tais como: relatório de visita de compradores, dar feedback dessas visitas, combinar uma rotina de apresentação do imóvel para os corretores estratégicos da equipe de vendas para que esses possam construir os melhores argumentos para comercialização, são ações fundamentais para se tornar o melhor captador e passar confiança e segurança para o cliente.

O corretor de imóveis também deve saber avaliar o imóvel, entender de documentação, saber valorar o imóvel, tudo isso para prestar uma consultoria qualificada. Os donos dos imóveis, na maioria das vezes, sentem-se inseguros e procuram por profissionais que possam harmonizar esse desejo de venda.

É fundamental deixar esses pontos bem alinhados junto aos proprietários do imóvel para que o processo ocorra de forma transparente, ética e segura. Esse tipo de cliente precisa ver no corretor de imóvel um parceiro de vendas, alguém que vai dar o seu melhor para alcançar um objetivo comum.

Por fim, é importante lembrar aos amigos corretores que a captação de imóveis, além de enriquecer a sua carteira de ofertas de imóveis, é uma excelente oportunidade de melhorar os resultados financeiros dos profissionais da intermediação.

Normalmente, quem capta um imóvel também recebe uma participação sobre a venda, mesmo que não tenha sido o responsável pela comercialização. O corretor se torna assim, um grande gerador de novos negócios e receitas.

As dicas abordadas neste artigo são algumas das práticas que exercitei no meu dia a dia, e não tenho a pretensão de criar normas rígidas e sim compartilhar com meus colegas de profissão o que tem dado certo comigo. Essas reflexões podem e devem ser aprofundadas, adaptadas e aperfeiçoadas de acordo com a particularidade de cada profissional.

Vamos construir juntos? Você já ousou captar algum imóvel ou ainda tem a sua atuação restrita à venda direta? Algumas das reflexões que propus já foram colocadas em prática na sua rotina de trabalho? Você já havia refletido sobre a importância da captação? Como tem sido a sua prática de captação? Compartilhe conosco suas experiências. Vamos juntos fazer um mercado imobiliário cada vez melhor.

Por: Guilherme Machado

Guilherme Machado: Consultor, Coach e Palestrante. Expertise no desenvolvimento de equipes comerciais com foco em resultado

Fonte: www.guilhermemachado.com 

Estamos à beira de uma catástrofe imobiliária, diz economista.

Políticas fiscal e monetária estão contribuindo para a alta dos preços. Para pesquisador do Ipea, o problema é do Governo. 

Apesar de muita gente acreditar que o Brasil está livre do risco de ter uma bolha no setor imobiliário, há também muita gente que não duvida da existência deste risco, inclusive existem indícios científicos em relação aos rumos do País para a formação deste fenômeno, que com a excessiva oferta de crédito, acaba permitindo ao indivíduo comprar mais do que realmente pode.

O professor e pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Adolfo Sachsida, diz que as pessoas pensam que o País está livre do risco de bolha porque nos Estados Unidos, onde a bolha explodiu, o volume de empréstimos destinados ao setor imobiliário correspondia a mais de 50% do PIB, enquanto que no Brasil chega a 5%, 6%. “O fato de estes números serem menores aqui significa que os estragos de uma futura bolha serão menores, mas não exclui a possibilidade de ocorrer este fenômeno no atual cenário que o Brasil está”, diz o economista, que junto ao pesquisador Mário Mendonça, publicou um estudo para o Ipea apontando a possibilidade concreta da existência de uma bolha no mercado de imóveis do Brasil.

Nos últimos três anos, o preço médio dos imóveis em algumas metrópoles brasileiras subiu em média 150%. O valor alto assusta, mas quando vemos na prática, nos apavoramos mais ainda com a evolução insustentável do setor de imóveis no Brasil, que com o crescimento acelerado da oferta de crédito infla a bolha de preços imobiliários.

“Estamos próximos de uma catástrofe imobiliária”, alerta o professor Adolfo Sachsida, que explica que os estímulos à economia pelo Governo estão sendo aplicados de maneira errônea pelas políticas fiscal e monetária e estão levando ao mau crescimento do setor, com a alta desenfreada dos preços nas metrópoles pesquisadas: São Paulo, Rio, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Brasília.

Quanto à Política Fiscal, Sachsida afirma que o Governo deveria gastar menos e reduzir os impostos, pois assim o brasileiro teria mais dinheiro no bolso para comprar imóvel e não precisaria tomar tanto crédito para financiamentos. “Quando o Governo joga um rio de crédito, a demanda vai para cima e como a oferta de imóveis não a acompanha, o resultado é a elevação dos preços”, diz ele, afirmando que as construtoras não são culpadas, já que estão respondendo aos estímulos das atitudes do Governo no mercado.

Em relação à Política Monetária, o economista afirma que o governo tem adotado uma política extremamente permissiva com a inflação, desprezando o combate dela para o segundo plano

Um dos indícios de bolha é a atual situação do mercado. Sachsida afirma que se perguntarmos aos vendedores de imóveis como está o ano, eles dizem que as vendas estão bem mais fracas. “Isso é um sinal amarelo para o mercado”, alerta.

Soluções

“O Governo deveria parar de ser ganancioso e diminuir os impostos”, Sachsida acredita que o modelo expansionista do Governo está errado e que o natural seria que as pessoas comprassem seus imóveis sem a necessidade deste dinheiro artificial conseguido pela alta expansão do crédito nos últimos meses. Segundo ele, se os impostos baixam, o poder de compra do consumidor aumenta.

Juros vão subir
O professor Sachsida se preocupa com o fato de o governo estar expandindo demais o crédito, sobretudo no setor imobiliário, pressionando a taxa de juros artificialmente para baixo. Conforme diz, isso dá uma falsa impressão de que temos poupança para financiarmos grandes projetos.

Os juros nos EUA e na Europa nunca foram tão baixos e para o economista, essa situação não vai permanecer por muito tempo. "Quando a taxa de juros internacional subir, o Brasil será obrigado a fazer o mesmo por aqui, colocando em situação delicada as pessoas que pegaram empréstimos pós-fixados, que é a esmagadora maioria”, completa.

Em crítica ao Banco Central, Sachsida fala que hoje o Regime de Metas de Inflação não é mais respeitado. “O BC deve explicações à sociedade brasileira pelas políticas que vem adotando”, finaliza o pesquisador.

Por Heraldo Marqueti Soares

Fonte: InfoMoney 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Como decorar apartamentos pequenos?

Texto Romulo Osthues | Fotos Sidney Doll | Adaptação Ana Paula de Araujo
 

Com R$ 30 mil de orçamento, as arquitetas Agnes Manso e Maria Alice Miglorancia transformaram o flat de apenas 35 m². Pela dificuldade de modificar o layout por conta das regras do condomínio, as profissionais optaram por adaptações. “Há um sofá-cama para as visitas na sala e uma porta de correr que dá em um painel com TV, servindo para a sala e para o quarto. Além disso, aproveitamos os cantinhos, como o armarinho que fizemos na viga”, relata Agnes. Não ter divisões marcadas no flat favorece a circulação, assim como escolher os móveis certos. A seguir, confira os 7 truques das arquitetas para aproveitar cada cantinho do apartamento pequeno:
  
1- Há armários na medida certa para abrigar alimentos, objetos e camuflar os eletrodomésticos que a proprietária possui.

2- Dê várias funções a seus pufes. Eles servem como descanso para os pés, mesas de centro ou para receber amigos.
3- O painel de TV é giratório, servindo tanto para os espectadores da sala, quanto para quem está sobre a cama.
4- Em metragens reduzidas, prefira mesas com uma base no centro, pois permitem recolocar suas cadeiras de acordo com o espaço e a circulação.

5- As portas do guarda-roupa receberam revestimento de espelhos para ampliar, além de servir como apoio para os momentos de beleza. No cantinho sob a viga em destaque, um armário pequeno serve para guardar travesseiros.
6- A iluminação de embutir ou de apoio são ideais para ambientes com pé-direito baixo. O rebaixamento de gesso deve ser de uma altura suficiente para abrigar a iluminação.
7- Há duas entradas para o banheiro da casa: uma para os visitantes, outra para quem está no quarto a fim de manter a privacidade. Portas de correr também economizam espaço. Quando abertas, integram todos os ambientes.
Projeto: Agnes Manso e Maria Alice Miglorancia; pintura (ref.: H109): Tintas Suvinil; produtos luminotécnicos: Grado Iluminação; marcenaria com desenho das arquitetas e execução: Porto Madeira; quadros: Escritório de Arte Rejane Tacchi; sofá-cama e pufes: Luana Estofados; mesa de jantar: Fernando Jaeger; cadeiras: Estar Móveis; persianas: Progetto; piso laminado: Casa Fortaleza; tapete e almofadas: Etna; roupa de cama: Trousseau; copos de cerâmica coloridos, relógio de parede, maçã de madeira e cachepô: Zona D; porta-retratos e vaso com orquídea: Cecilia Dale; demais objetos: acervo pessoal.

Fonte: Portal de Decoração

Cuidados na aquisição de imóveis


Documentação necessária, o papel do corretor e o pagamento de comissão foram abordados durante o evento
25/10/2012
Advogadas palestram sobre cuidados na aquisição de imóveis
Aproximadamente 100 pessoas assistiram à palestra Cuidado na Aquisição de Imóveis, promovida pelo PQE (Programa Qualificação Essencial) na última sexta-feira, 26, na sede do Secovi-SP. As advogadas especialistas em Direito Imobiliário Carolina Rafaella Ferreira e Moira Regina de Toledo deram uma série de recomendações para que a operação de compra ou venda de um imóvel seja segura.
“Vivemos num país com déficit habitacional de oito milhões de moradias. Muita gente nunca teve e nem terá uma casa. E, quem for comprar, provavelmente só terá um imóvel a vida toda”, disse Carolina Rafaella, ao enfatizar a importância de o processo de compra de um imóvel obedecer a uma série de critérios que podem assegurar tranquilidade para todos os envolvidos: comprador, vendedor e imobiliária.
De acordo com Carolina, a primeira etapa desse processo é a avaliação de risco: uma série de documentos é levantada, a fim de checar se o bem em negociação não está, por exemplo, alienado a um financiamento ou se seu proprietário, caso seja uma pessoa jurídica, não esteja arrolado em processo trabalhista, o que, numa eventual condenação, pode implicar o imóvel como garantia do pagamento de débitos.
Dentre os documentos do imóvel, devem ser exigidos: cópias autenticadas dos títulos de propriedade, certidão da matrícula do imóvel, certidão de negativa de débitos de tributos imobiliários, carnê de IPTU, declaração de quitação do condomínio, entre outros. Já de vendedores – bem como eventuais procuradores, intervenientes anuentes e sócios administradores de pessoas jurídicas –, deve-se exigir: RG, CPF, comprovante de residência, certidão de casamento ou nascimento, certidão de distribuição cíveis e de família, certidões de executivos fiscais municipais e estaduais de falência, certidões de distribuições criminais, entre outros.
Com esses documentos em mãos, é possível atestar se o vendedor está em dívida com o condomínio (débito que, se não regularizado, passa a ser de responsabilidade do novo proprietário), eventuais alienações do bem, processos nos quais o imóvel é dado como garantia, entre outros. “O corretor não pode ser responsável por avaliar isso. Cabe a um advogado preparar um relatório sobre todos os riscos inerentes ao negócio. O comprador deve ser informado pelo corretor sobre cada um deles e cabe somente ao cliente decidir se vale a pena ou não correr os riscos”, recomendou a advogada Moira Regina de Toledo.
O papel do corretorCom todo esse arcabouço de informações a serem pontuadas, a figura do intermediador ganha relevância. “O corretor tem de conciliar todos os interesses”, disse Moira. “Ele passa a atuar como um consultor imobiliário. Por isso mesmo não se deve ter vergonha de cobrar de comissão”, sublinhou, aludindo ao fato de muitos profissionais de corretagem sentirem-se constrangidos ao exigirem o que lhes é de direito e mérito.
Outro ponto debatido pelas palestrantes foi justamente o pagamento de comissão. O consenso é que o corretor deve ser remunerado quando o resultado previsto no contrato de corretagem é alcançado, ainda que uma das partes desista. “Se o corretor fez seu papel, ou seja, intermedeia a compra e venda de uma casa, com contrato assinado e sinal dado, mas, futuramente, alguém desiste, o corretor, mesmo assim, deve receber comissão, pois o seu trabalho foi realizado”, disse Moira.

Fonte: SECOVI