Desaceleração ou bolha imobiliária?
E se você sentiu um calafrio só de ler a palavra “desaceleração” e logo pensou em bolha imobiliária, não se espante, você não é único a ter essa impressão. Contudo, a análise que faço é de que esse foi um comportamento necessário para o mercado e que, acima de tudo, demonstra um amadurecimento do setor.
Entretanto, o que registramos em 2012 foi uma redução desta “euforia” do setor imobiliário. Neste ano, a quantidade de lançamentos de novos empreendimentos diminuiu consideravelmente. As empresas empenharam-se em entregar o que haviam prometido e em reduzir o seu estoque.
Isso significa que o segmento está perdendo força? Não vejo assim.
Percebo que o mercado caminha para um crescimento sustentado por uma visão planejada. E essa desaceleração é um prova disso.
Política de crédito como segurança para o mercado
No Brasil, entretanto, temos uma política de concessão de crédito rigorosa, justamente para oferecer mais segurança para o mercado. Além disso, o que vemos no nosso país, na realidade, é uma atualização dos valores dos imóveis que durante muito tempo estiveram estagnados. Aliás, é importante destacar que os preços praticados em nosso país tendem a um equilíbrio com uma valorização mais moderada.
Mercado imobiliário internacional
Muitas vezes, temos a impressão de que o nosso imóvel está muito acima do desejado, quando comparamos aos preços praticados em outros países, a exemplo dos Estados Unidos. Contudo, esta análise é um pouco equivocada, pois não é simplesmente o nosso valor que está alto, mas o preço praticado por lá que está muito abaixo do mercado.
Perceba, os norte-americanos ainda tentam se recuperar da crise de 2008. Por lá, as taxas de desemprego ainda são muito altas, logo, o mercado não se sustentaria se o valor do imóvel estivesse em seus parâmetros normais. O que se registra, na realidade, é uma subvalorização do imóvel.
Sendo assim, os fatores da economia local influenciam diretamente no mercado imobiliário. E não é sem motivos que para 2013 a previsão é de um cenário de mudanças positivas para o setor de imóveis no Brasil.
E os incentivos do Governo?
O Governo já sinalizou a inserção de pacotes de incentivo para o segmento, como o aumento no limite do FGTS para a compra do imóvel, a baixa nos juros, novos investimentos no programa Minha Casa Minha Vida e ainda há a expectativa da isenção de alguns encargos e impostos para movimentar ainda mais o setor.
Desse modo, vejo um mercado em 2013 com o retorno dos lançamentos, com preços mais equilibrados e reajustes mais conscientes. Além disso, perceberemos também um maior planejamento do setor com uma forte tendência de renovação nas formas de projetar um empreendimento, por exemplo, com a oferta de imóveis mais customizados, de acordo com o perfil de cada região e com as necessidades do cliente, o que será um facilitador na hora da comercialização.
Quem ganha com isso no final das contas?
Esta é a hora certa para começar os estudos e análises do mercado a fim de realizar um planejamento para aproveitar melhor o novo ano que logo se iniciará.
Por: Guilherme Machado
Guilherme Machado: Consultor, Coach e Palestrante. Expertise no desenvolvimento de equipes comerciais com foco em resultado
Fonte: www.guilhermemachado.com
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